ONU pede US$160 milhões para ajuda humanitária na Líbia

ONU pede US$160 milhões para ajuda humanitária na Líbia
07/03/2011
Cerca de 600 mil pessoas devem precisar de assistência somente no país africano; Ban Ki-moon nomeia ex-chanceler da Jordânia como enviado especial.





População deixa a Líbia
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*






As Nações Unidas lançaram, nesta segunda-feira, em Genebra, um apelo humanitário de US$ 160 milhões, equivalentes a R$ 264 milhões, para socorrer os afetados pela crise política da Líbia.

Segundo agências de notícias, milhares de pessoas podem ter morrido desde o início dos protestos, em meados do mês passado, contra o líder líbio, Muammar Kadafi.

Três meses

O apelo, que deve cobrir um período de três meses, foi lançado pela subsecretária-geral de Assuntos Humanitários, Valerie Amos, nesta segunda-feira, em Genebra.

Segundo ela, as projeções sugerem que 400 mil pessoas podem deixar a Líbia, incluindo as 200 mil que já saíram do país. Pelos cálculos do Ocha, 600 mil pessoas vão precisar de assistência humanitária.

No domingo, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon nomeou o ex- ministro das Relações Exteriores da Jordânia Abdelilah Al-Khatib, enviado especial à Líbia.

Ele deve se reunir com autoridades líbias e discutir com os governos da Tunísia, da Líbia e do Egito uma resposta coordenada à crise, além de assistência e repatriamento dos afetados pela violência.

Financiamento

A Organização Internacional para Migrações, OIM, é uma das 17 agências humanitárias que vão usar o apelo. Em entrevista à Rádio ONU, de Lisboa, a representante da agência em Portugal, Marta Bronzin, explicou como o dinheiro vai ser utilizado.

"Dar assistência à evacuação das pessoas que conseguiram atravessar a fronteira da Líbia com a Tunísia e com o Egito, desde estes países até aos seus países de origem. Obviamente é uma situação de emergênciae é por isso que é preciso dar assistência sob ponto de vista logístico", disse.

O apelo da ONU deve ser usado com segurança alimentar, nutrição, cuidados de saúde e higiene, abrigo e logística.